Praia de Dona Ana: avança queixa para a União Europeia


Tal como foi anunciado no início desta semana, a Associação Almargem vai enviar amanhã uma queixa formal à Comissão Europeia, por infracção ao direito comunitário no caso do plano de intervenção efectuado na Praia de Dona Ana em Lagos. A Associação Almargem espera que os seus argumentos sejam aceites pela Comissão e que esta possa vir a instaurar um processo contra o Estado português.

A Associação Almargem aproveita ainda para comentar algumas declarações ultimamente vindas a público, a propósito deste assunto.

1) O Ministro do Ambiente, na sua página do Facebook, justifica a obra de realimentação artificial na Praia de Dona Ana referindo que se trata de repor uma situação existente no passado. Não vale a pena perder muito tempo com este tipo de afirmações descabidas, bastando para tal analisar fotografias antigas da praia, tal como a que inserimos acima (anos 60).

Odeceixe: obra inqualificável inventa praia artificial


A intervenção levada a cabo na Praia de Odeceixe, uma das 7 Praias Maravilhas de Portugal, é o mais recente exemplo da falta de sensibilidade ambiental e incompetência técnica de alguns dos responsáveis pela condução das políticas ambientais do nosso país.

Numa época em que, infelizmente, a maior parte da comunicação social parece mais preocupada com os incómodos das obras no litoral sobre os veraneantes de ocasião, do que com os impactos mais ou menos graves que tais obras possam ter, a longo prazo, sobre o ambiente e o património locais, aqui fica, para memória futura, o registo circunstanciado de mais este lamentável caso.

A chamada "Praia Norte de Odeceixe", foi alvo, há meses atrás, de uma empreitada da Sociedade Polis Litoral Sudoeste, no valor de 112 mil euros, que visou melhorar os acessos ao plano de água, ordenar o estacionamento automóvel e enquadrá-lo melhor na paisagem envolvente.

Acontece que a "Praia Norte de Odeceixe", localizada no extremo sudoeste do concelho de Odemira, pura e simplesmente não existe ! Trata-se uma extensão de afloramentos rochosos e cascalho que, na maré vaza, deixa a descoberto pequenas extensões de areia húmida e poças de água, muito procuradas pelos banhistas da verdadeira Praia de Odeceixe para passearem e procurarem conhecer melhor a maravilhosa biodiversidade marinha da Costa Vicentina.

Banco Gorringe já é reserva Marinha

Elevações submarinas da costa sudoeste da Península Ibérica – Fonte: Filipe M. Rosas (http://lisbonstructuralgeologist.blogspot.com/) e GoogleEarth

O Conselho de Ministros aprovou, na sua reunião de quinta-feira, a inclusão do Sítio Banco Gorringe, situado cerca de 200 quilómetros a sudoeste do cabo de S. Vicente, na Lista Nacional de Sítios.

Esta inclusão é justificada pela «relevância que o Banco Gorringe assume para a conservação dos valores protegidos pela Diretiva Habitats da União Europeia».

A inclusão deste novo Sítio com cerca de 2288 mil hectares, em área exclusivamente marinha, vem, segundo o comunicado do Conselho de Ministros, «assegurar uma melhor representatividade dos valores naturais aos níveis nacional, europeu e biogeográfico, contribuindo para completar a Rede Natura 2000 em Portugal, e em particular no meio marinho».

Obras na praia Dona Ana, em Lagos, motivam queixa contra o Estado em Bruxelas



Ambientalistas falam de “crime premeditado”, levado a cabo pelo Ministério do Ambiente, na praia que foi considerada a “mais bonita do mundo”. A areia passou de dourada a cinzenta, mas a praia pode hastear as bandeiras azul e dourada.

Com três semanas de atraso em relação ao previsto, termina nesta quarta-feira a operação de ampliação da praia Dona Ana, em Lagos.

A obra, com um custo de 1,9 milhões de euros, continua a alimentar polémicas e a dividir opiniões. A Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve (Almargem) anunciou que vai enviar uma queixa à Comissão Europeia contra o Estado português e apresentar no Ministério Público uma outra queixa-crime contra o Ministério do Ambiente.

Segundo os ambientalistas, cometeu-se um “grave e premeditado crime ambiental que não pode ficar impune”. Além da descarga de 150 mil metros cúbicos de areia retirada do fundo mar, dizem, foi construído um esporão a ligar um leixão à arriba, colocando em causa o equilíbrio ecológico. A construção de obras costeiras de combate à erosão marítima tendentes a modificar a costa, argumenta a Almargem, estão sujeitas a avaliação de impacto ambiental. “Essa avaliação de facto não existiu”, diz Fernando Grade, o elemento desta associação que tem estado à frente dos protestos contra esta intervenção.

Chasing ice


Este registo raro costa como o maior evento de quebra de glaciar capturado em filme.

Em 28 de maio de 2008, Adam LeWinter e diretor Jeff Orlowski filmou esta quebra histórica na geleira de Ilulissat, no oeste da Gronelândia. 

O evento durou 75 minutos e o glaciar recuou uma milha por três milhas de largura. 

A altura do gelo é de cerca de 3.000 pés, 300-400 pés acima da água e do resto abaixo da água.